É difícil resolver o problema d'água...

Nós levantamos e nos arrumamos rápido. Levantei tão cedo que o café nem tava pronto. Aliás, os únicos que estavam acordados naquela hora era eu, as duas tias, os trabalhadores e o tio Élton e a esposa dele, que saíram 04:00 pra pegar pequi. Caladinhos! Logo encontraram o problema:Tinha duas mangueiras que tinham que se unir pra formar uma e levar água pra caixa. Mas elas estavam separadas:uma tava no teto outra no chão. Olhando assim parece fácil. Mas elas não se encaixavam. Seu Domingos, O caseiro, pegou um caninho e tentou encaixar com as mangueiras. Mas ele era muito pequeno em largura. Ele teve a ideia de derreter a boca das mangueiras com fogo e encaixar no caninho. Riscaram quase a caixa inteira e o fogo não pegou. Quando iriam riscar o penúltimo fósforo, O FOGO PEGOU! O seu Domingos ajudou-a. FINALMENTE CONSEGUIRAM! Foram ligar a água pra testar. Ligaram. Mas a água escorreu pelo teto. Tinha outro problema! E pra resolvê-lo teriam que SUBIR NO TETO! Só de olhar cansa! Até eu que não tava ajudando nem atrapalhando no problema(tava só olhando), fiquei cansada. Entrei na Casa Principal.

Uma noite estranha e misteriosa

Eram 01:25 da manhã. Eu acordei depois de um sonho. Ouço um relincho de cavalo ao longe. Tentei dormir, mas não consegui. Resolvi dar uma volta silenciosa dentro de casa mesmo. Saí da cama silenciosamente, tentando não acordar a tia Elizete e a tia Edna(tinha poucos quartos e muita gente, então uns dormiram nos quartos outros trouxeram colchões e foram dormir no chão da sala.) Tava no corredor dos quartos. Já ia entrar na sala. Mas parei quando ouvi um barulho. Pareciam... passos rodeando a casa! Me encolhi e voltei pra cama. Se passaram 5 minutos. O barulho cessou. Depois se passaram mais ou menos 10 minutos. Agora eu tava ouvindo um barulho parecido com o abrir e o fechar da porta de um carro. A tia Elizete também tava acordada e se levantou pra ver. Passou um tempinho. Ela voltou pra cama. Eu rezei e depois acabei dormindo. Não sei por quanto tempo dormi. Mas quando acordei ainda era noite. E ouvi um barulho na janela. Depois o barulho parou. Depois começou um barulho parecido com o bufar de um boi. O barulho se repetia em 1 em 1 minuto(eu contei). Durmi de novo. Quando acordei eram 06:40. Acordei com a conversa das tias Edna e Elizete. Elas tavam falando algo sobre a água ter acabado misteriosamente e que os trabalhadores estavam tentando descobrir o problema.


E agora? O que serão esses barulhos? Será que um intruso entrou na fazenda de noite? Será que isso tem ligação com o fato da água ter acabado?

VAMOS PRO RETIRO!

E arrumamos as malas! Porque a gente iria ao Retiro, aquela fazenda linda! E 13:50 a tia Elizete passou  e me buscou. Depois pegamos a Dalila, uma prima minha que é 11 anos mais velha que eu. E fomos eu, a tia e a Manu pra fazenda. Logo chegamos. Lá é lindo! Fomos dar uma arrumada na casa, que estava um pouco empoeirada (ou melhor, a Dalila e a tia, que são as mais velhas. Eu e a Manu fomos destampar a piscina). E nadamos por 2 horas. Mais tarde chegaram mais dois tios e a filha deles mais nova, Angelina, e o namorado dela, Miguel.E também uma amiga deles, Tâmara, e o namorado dela, Sandro. Todos os quatro de 18 anos. De noite  fomos pra casa de churrasco. Jantamos e ficamos lá conversando. E o tio Élton agora tem mania de chamar as crianças gracistas de ''elemento''. Depois ele falou pro Sandro:"Você precisa ver quando reúne a família! Todos os meus sobrinhos juntam no chão só pra ouvir minhas bobagens(eu e a Manu tamo no meio desses sobrinhos) Quando deu 9:00, voltei pra casa principal. E sabe o que eu achei lá? AQUELES TELEFONES ANTIGOS! Ele era muito parecido com esse: Ele não funcionava, mas não tinha uma parte quebrada! Mas dava pra ver que estava um pouco desgastado pelo tempo. Não resisti e peguei! Depois pensei em que ano a casa foi feita. Huuummm... dou o ano 1958 pelos objetos antigos. Mas se considerar só a aparência da casa dou 1989. 10:00 não aguentei e fui dormir.

A VOLTA

Acordamos 10 da manhã. A vovó já tinha arrumado as malas. Arrumamos, demos tchau pra todo mundo, rezamos, ficamos mais um pouco e 11:00 a gente foi embora. A gente passou por estradas, BRs, lindas pontes, lindos rios, entre eles o Rio Paraopeba. E lá pros meio dia e meio a gente sentiu um cheiro de milho. A gente tava passando perto de QUILÔMETROS e QUILÔMETROS DE PLANTAÇÕES DE MILHO! A mamãe disse com água na boca:"Ai que delícia! Já pensou? A gente desce e enche o carro de milho! Aí a gente faz BOLO DE MILHO, PAMONHA, MINGAU DE MILHO, BROA DE MILHO, PÃO DE MILHO, SUCO DE MILHO, E A GENTE VAI FICAR MUITO GORDOS..." E eu:"Exatamente! E o dono da fazenda vai nos ver! E ele vai ser um chato! Quando ele ver que a gente tá pegando os milhos sem permissão, vai botar a gente pra correr!" E 13:00 a gente passou numa lojinha. Tinha umas estátuas de vaca. São as mesmas de uma foto que meu bisavô tirou uma vez. A gente deu uma parada. E logo chegamos em Pompéu. Lá pra saída da cidade, a vovó disse:"Isadora, depois eu vou te levar pra Casa da Mãe Joana!'' E eu:"Quem é essa? Outra irmã do meu bisavô que eu não conheço?" E a mamãe:"Não! É uma casa do século XIX que tem aqui em Pompéu. Mas o nome dela não é Mãe Joana! É.. Joaquina!"

O último dia do ano

Era o último dia do ano! A gente acordou, foi ouvir rádio, escrevi, vimos novelas, e a mamãe disse que a gente iria embora no dia seguinte, 6 da manhã! Nem deu pra rodar a cidade toda e ir no cinema, como a vovó disse que faríamos! Mas até que foi legal. Logo eram 10 da noite. O papai chegou e jantamos. E quando acabamos o jantar, a mamãe comentou:"Eu prefiro ficar dormindo na festa de ano novo do que ir pra uma festa de ano novo, ficar no meio do povo apertada, olhando pra cara daquele povo esquisito que eu nunca vi na vida..." E eu:"É! Até eu que sou animada concordo com você!'' E ela:"É! Se alguém falasse:'Ei! Vamos lá no Show da Virada ver uns homens bonitos...' Não mudaria minha opinião. Mas se falassem pra eu ir lá, porque o 'Víctor e Leo' ou a 'Paula Fernandes' iriam lá cantar, eu até faria uma forcinha, um sacrifício de ficar com 'fósforo no olho'!" Depois a mamãe contou uma coisa que aconteceu com o tio Geraldo quando ele foi na nossa cidade. Eu não consegui ouvir direito. O papai disse:"O QUE VOCÊ DISSE? Colocaram calcinha no Tio?" "Não! Nossa! Você tá com um papo muito ruim hoje! O que você comeu?" E eu:"Ele comeu iorgute grego estragado!" Ela recontou o caso: É que teve um dia que o tio Geraldo saiu com a Bela. E ele não gosta de andar arrumado. Diz que é gesto de humildade. Mas não é assim. Eu mesma, sou humilde, mas não saio mal-vestida por aí. Então, aí uma mulher achou que ele tava com cara de bandido. Porque ele tava mal-vestido e é negro. É o preconceito, coisa inaceitável. Existem muitos negros bem mais bonitos que alguns brancos, tanto por dentro quanto por fora. O tio mesmo, anda mal-vestido, mas é muito bonito por dentro. Então, a mulher foi atrás dele fazendo perguntas até ele entrar de novo na casa da vovó. E a tia Lorena perguntou:"Tem muito tempo?'' "Não! Foi...este ano?'' E o papai:"Foi ano passado!" "Que ano passado?" E eu:''Deixe-me ver... Foi perto do dia em que eu fiz a minha primeira comunhão. Ou seja, foi no... FIM DO ANO PASSADO! E aí, a gente ia no longínquo restaurante Pé da Vaca comemorar a minha primeira comunhão. E eu fiquei na casa da vovó só por 3 segundos, e quando eu assustei vocês tavam indo embora sem eu. Primeiro eu achei que eles tavam me dando uma lição por demorar tanto, mas quando vi que eles não tavam parando, eu tive que correr atrás gritando!''Depois tiramos fotos e já eram 23:57. A gente juntou, rezou  e foi ver os fogos pela janela. JÁ ERA 2014!

Brincar de família- O SUCO TÁ RUIM

Mais tarde a Bela quis brincar de família. Ela era a mãe, a Vivi era a filhinha bebezinha, o tio era o vovô, eu era a tia da bebezinha, e a mamãe e o papai eram os bisavós. Mas eles não estavam sabendo disso. A Bela disse:"Eu vou fazer seu suco, bebezinha! De laranja!'' Um tempinho depois a Vivi começou um chorinho baixo. E o tio:"Nu, mamãe Bela! Seu suco tá ruim! A filhinha tá chorando porque seu suco tá quente e sem açúcar!" Ela pegou o copo e devolveu. O tio pegou e disse:"O suco que ela faz é ruim... EI! O COPO TÁ VAZIO!" Eu disse rindo:"Ela não faz suco ruim. Aliás, nem suco ela faz!" Ela fingiu fazer e deu o copo pra Vivi.Ela continuou chorando. A Bela apelou:"ENTÃO EU VOU FAZER SUCO DE MORANGO!
"E o tio:"Isso! Faz de verdade! Com açúcar e gelo!" "AAA... tá! Eu vou fazer pra minha bebezinha!" Aí até a Vivi resolveu apelar:"SÔ BEBEZINHA NÃO!" E o tio:"ISSO AÍ, VIVI! FALA:'SOU GRANDE E BONITA!" "Sô gande e bunita!" Eu morri de rir. Ela nem passou dos dois anos ainda! E a Bela:"Não! Ela é pequena! Ela é minha bebezinha!" "Ela é grande!" "Não é!" Um tempinho depois a Bela voltou falando:"Pronto! No suco tem açúcar!" "E não tem gelo?" "Hã... eu...vou no banheiro!" Eu e o tio caímos na risada! Quando a coitada voltou, o tio disse:"Seu suco é muito ruim! A Vivi não quis! Ele tá parecendo..." Eu sugeri:"Chá verde?" "Não. Chá verde é demais. Ele tá parecendo chá de canela!"

Isadora e Bela

Depois eu tava escrevendo aquela que eu e a Vivi ficaríamos gordas se aceitássemos tudo o que a tia oferecia. E a Bela tava observando e perguntou apontando pra de vestido rosa:"Quem é essa?" Respondi:"Sou eu." "E essa?" ''A Vivi!" "E eu?" "Você queria virar uma plasmódia gorda? Fala sério! Você é doidona!'' ''EU NÃO SOU DOIDONA!" "Calma! Não precisa gritar, educaaada! Olha, se você quer ficar gorda, pode começar comendo muito nugets, muitos doces e frituras, comendo mais do que você consegue gastar, e pronto!" Ela saiu. Um tempo depois voltou mais bem-humorada:"Oi gente!" E o tio:"Oi! Cadê o suco?" Eu ri:"Vocês ainda não esqueceram o suco?" "Claro que não. A gente ainda não tomou!" E tava passando na TV um cara todo cercado de mulher de biquine. E eu:"Ah, gostou, seu mané?" E o cara disse:"Hora do samba!" E eu:"Hora do samba?" A Bela riu e disse:"Não! Hora do peido!" E o tio:"Ó! Não fala isso, senão a mamãe vem e bate!